sábado, 5 de março de 2011

MATEUS PIEROBOM - Publicado em 28 de agosto de 2010




















Cristiano Carneiro, Julinho, Jeferson e o Cromo Duplo Cristian Baptista e Chambinho, já vão dando cor ao seu albúm eletrônico de botonistas. Hoje voltamos a Pelotas no Rio Grande do Sul e apresentamos o cromo de Mateus Pierobom da Academia. Não é qualquer Cromo que vem com pedigree e uma história boa de contar. Confira agora !

Mateus tem sangue nobre no meio botonístico. Filho do lendário Sérgio Pierobom, começou a jogar futebol de mesa na infância, junto de seus irmãos Michel e Tiago. A família tinha mesa em casa, na qual “Matias” lembra muitas vezes ter jogado “em cima da mesa”.

Muito cedo já corria na volta das mesas oficiais da APFM, mesmo quase sem altura para alcançar a mão nos botões. Comandando o seu Danúbio (UY), em 1993, com apenas 8 anos, já jogava oficialmente na categoria juvenil da tradicional associação da cidade de Pelotas. A última colocação não era nem de longe um motivo que o pudesse levar à desistência.

Em 1994, quando uma nova geração de juvenis ingressou na entidade, “Matias” conheceu alguns dos amigos com quem ainda permanece defendendo a mesma camisa. É o caso de Marcelo Vinhas e Bruno Vieira, porém, hoje, pela Academia de Futebol de Mesa.

A grande maioria dos botonistas juvenis que formaram essa geração eram em média 2 anos mais velhos que Mateus. Estes em 1996 subiram para a “1ª divisão” – como era chamada a divisão de acesso da APFM – enquanto Mateus permaneceu na enfraquecida categoria juvenil.

No ano seguinte, com poucos botonistas, a categoria juvenil seria extinta da APFM. Mateus lembra que por possuir pouca idade (12 anos) acabou também ficando de fora da primeira divisão. Recorda ter chorado ao saber que não jogaria botão oficialmente naquele ano. Ainda em 1997, no entanto, alguns botonistas que faziam parte da APFM fundaram a Academia de Futebol de Mesa, onde Mateus foi jogar.

Segundo o próprio Mateus, de 97 até 2000 ficou sempre em último lugar na Academia, mas a desistência não lhe passava pela cabeça. Quando seu jogo começou a amadurecer, fez suas primeiras vítimas. Uma delas foi Zilber, e nasceu ali uma saudável rivalidade. Zilber então prometeu um dia “fazer ele chorar”, mas segue tentando.

Mateus sempre foi adepto do futebol de mesa técnico e agressivo, possuindo muita precisão nos cortes, lançamentos, cavadas e chutes de longa distância. Perguntado sobre como definia seu estilo de jogo, respondeu: “Pra frente, do tipo que não afrouxa”. Tais características lhe proporcionaram talento para a modalidade liso.

Em 2001, com 16 anos, sem conseguir vaga para o Campeonato Brasileiro Livre (em POA), foi tentar a sorte no liso com um time emprestado por Figueira. Seu primeiro jogo foi contra o então campeão do Nordestão, Bob (BA). Ao sofrer um gol no início da partida, ouviu “toma gaúcho!”. Matias virou o jogo com fortes comemorações, uma peculiaridade sua, típica de quem não esconde a emoção que sente ao jogar futebol de mesa. Em seguida, vencendo lendas como Moscoso (ES), Rocha (CE) e Diógenes (BA), Mateus deu orgulho ao nosso estado com a 3ª colocação ao final da competição.

Nunca lhe faltou autoconfiança. Em 2003 jogaria as quartas-de-final do Centro-Sul Brasileiro contra o multi-campeão Cristian Baptista. Antes do jogo, foi alertado: “Ele chuta muito bem pênaltis”. Prontamente respondeu: “Não quero saber se chuta bem, quero saber se de 5 ele faz 5”. Mateus avançou às semifinais, nos pênaltis.

Após 4 anos afastado do esporte, residindo em Florianópolis, Mateus voltou para a Academia em 2008. Em 2010, defendendo a sua Juventus de “Zizu”, Del Piero e Trezeguet, tem conseguido seus melhores resultados. Neste ano foi Vice-Campeão Estadual de Lisos, 3º lugar no Centro-Sul Brasileiro de Lisos, Campeão Estadual por Equipes Livre e Campeão Estadual por Equipes Liso.

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