terça-feira, 21 de junho de 2011

ALENIO CHEBLE - Publicado em 18 de junho de 2011




















O INÍCIO

Nasci no Rio de Janeiro em 1977, porém os 10 primeiros anos da minha vida passei em Brasília, onde conheci e comecei jogando botão através dos botões de panela onde sua maioria tinham escudinhos cortados da revista Placar, acho que a galera da década de 80 vai lembrar bem. Fazia competições com colegas mas gostava de jogar em casa com meu pai ou sozinho onde quase sempre o Flamengo ganhava porque era meu time de coração. Dessa fase eu me recordo que o time do meu pai era um Portuguesa galalite, que ele chamava de Fluminense, mas que eu só usaria quando ficasse maior porque ele sempre guardou com muito carinho. Lembro que meu pai nunca me deixou ganhar e me ensinou que eu teria que conquistar as coisas por meu mérito, que seria muito melhor dar valor as coisas por aprender, evoluir e conquistá-las.

Em 1986 meu pai disse que os amigos do trabalho dele estavam jogando futebol de mesa, e assim comecei nas regras oficias, através da bolinha que era jogada com 3 toques. Lembro que comecei em 1987 na categoria sub-18 e entre 12 jovens, eu, com apenas 10 anos fiquei em um excelente sétimo lugar. No final do ano ganhei uma mesa de presente de natal mas no início de 1988 ele foi transferido e voltamos a morar no Rio, e os botões foram para a estante.

O DISCO E A PORTUGUESA

Em 1990 era goleiro de Futebol de Salão da Portuguesa, e conheci 2 pessoas que foram e são fundamentais na minha vida e, junto com minha família foram e são responsáveis pela formação do meu caráter e do ser humano que sou. No mesmo time que eu, o outro goleiro era um rapaz que logo fiz amizade, um rapaz chamado Horácio, e no final desse ano meu pai me apresentou um moço chamado Pedro Carlos que iria implantar o Futebol de Mesa na Portuguesa. 

Era uma regra diferente da que já tinha jogado mas rapidamente gostei do disco pelo desafio e mais uma vez estava lá, um menino de 13 anos jogando contra uns caras feras de mais de 30. Comecei com um time vermelho e era o Atlético-PR já que não poderia ser nem Flamengo, nem Milan. Perdi muito, tomei de 5, 6, 9. Jogava ofensivamente, nem queria saber da defesa porque jogava bolinha. O negócio era chutar mesmo.

Levei o Horácio para o Futebol de Mesa e na primeira final entre nós dois no final de 1991 no torneio dos eliminados chamado Luso Brasileiro, perdi por 2 x 1. Lembro que nesse dia chorei, fiquei chateado, dei um show na sala porque achava que ganharia e joguei até melhor , mas não deu e mesmo com meus pais lá na sala, tomei uma bronca do Pedro que nunca mais esqueci... Naquele dia acho que nem dormi mas como vinham as férias prometi treinar e melhorar. Sabem o que fiz? Fiz meu pai tirar a velha mesa da bolinha de trás da estante, chamei um vizinho e treinava todos os dias, de manhã e de tarde, durante todas as férias e no final de 1992, conquistei meu primeiro título, o mesmo campeonato que havia perdido no ano anterior, o tal Luso Brasileiro onde venci a final por 2 x 0. Engraçado que nessa competição mudei a escalação do time e coloquei o Dream Team de basquete americano e ali nasceu o Malone, o nº 11, primeiro grande ídolo dos meus times. 

Em 1993 minhas maiores conquistas aconteceram fora da mesa, a primeira, a aquisição da minha palheta ou ficha que jogo até hoje com ela ( custou 3 reais ) e comprei durante a segunda divisão do estadual que fiquei em terceiro lugar e consegui o acesso ao estadual da primeira divisão, e o segundo, o direito de ser Flamengo,  um sonho antigo, a escalação passou a ser o time do Flamengo mas com o Malone sendo o camisa 11, ele está lá até hoje, afinal de contas, ídolo é ídolo. Porém nesse ano, uma coisa me marcou, acho que devido aos treinos na mesa lá de casa, melhorei muito e comecei a jogar de igual para igual contra os craques da Lusa e no final de uma partida contra meu grande ídolo Pedro, onde joguei como nunca mas perdi como sempre, 1x0 gol do nº 3, ele me disse que eu não mereci perder e que tinha jogado muito. Um pouco mais de treino e dedicação, e no ano seguinte 1994, com mais treinos, conquistei a Copa Portuguesa ( nosso torneio interno ) pela primeira vez, após vencer no último jogo o próprio Pedro por indiscutíveis 3 x 0. Engraçado que nessa época jogava com 5 atacantes e botões de grau 15 e 16. Velhos tempos.

CONHECENDO AS FERAS

Em 1994 participei do meu primeiro estadual aqui no Rio, até 2000 o estadual era disputado em pontos corridos pelos 16 melhores e subia e desciam 4 para a segunda divisão. Fiquei ali pelo meio da tabela. Em 1995 surgiu a oportunidade de ir a Vitória-ES no Brasileiro, Pedro fez um esforço e conseguiu arrumar o hotel e a passagem através de um patrocínio, e mesmo assim para ir eu precisava arrumar dinheiro para viajar. Surgiu uma proposta de vender o nome e o direito de ser Flamengo dentro do meu clube e para viajar e jogar um Brasileiro, não pensei duas vezes. Vendi por 50 reais e lá estava de malas prontas.

Em Vitória, saí na primeira fase mas nem fiz feio, ganhei uma, empatei uma e perdi de 1x0 para o Guido que iria ser bicampeão naquele ano. Lembro que perdi uma chance clara de gol no finalzinho e poderia ter me classificado. Mas só de sair para o GUIDO, para mim um verdadeiro mito e professor, e um dos maiores que já vi jogar, sinceramente, estava feliz. Não foi um jogo, foi uma aula. Pude perceber que jogávamos na Portuguesa um futebol de mesa muito abaixo do nível dos caras e precisaríamos treinar muito, mudar o jeito de pensar e jogar, para tentar chegar próximo a eles. Passei o restante da competição observando e vi jogadas que jamais tinha feito. Quando cheguei no Rio, passei a treinar e modificar meu jeito de jogar. Aquele negócio de atacar sem se preocupar em defender, era irreal, o cara bom mesmo é aquele que ganha de 1x0 na única chance que tem e não da chance aos adversários.

Mudei um pouco meu jeito de jogar e pensar, e errei muito, sofri e perdi muitas partidas, fiquei em sétimo no torneio interno, mas não abri mão de continuar tentando e os erros a cada dia foram diminuindo. No ano seguinte ( 1996 ) em Pelotas, me classifiquei para segunda fase e empatei com o campeão Nilmar por 1x1, o único gol que ele levou na competição, ali nascia o segundo e maior ídolo da minha equipe, o nº 16, DENTE PODRE. Esse nome é devido a um amigo meu de colégio que só beijava meninas feias e a gente dizia que ele ia ficar com Dente Podre ( ele nem tinha ) e o apelido pegou e o botão também...

UMA IDENTIDADE E O PRIMEIRO BRASILEIRO

A partir de 1997 comecei a fazer faculdade e trabalhar para ajudar nas despesas da minha casa e o futebol de mesa passou a ser uma válvula de escape de tantos compromissos. Chegava na Portuguesa direto do trabalho, trocava de roupa lá mesmo, e ia jogar. Passei a dar ainda mais valor, mas me faltava uma identidade, e nesse ano através da TV conheci a Matonense, um time da segunda divisão de São Paulo, com uma camisa igual a do La Coruña e fizemos uma torcida da Matonense na faculdade aqui no Rio. O pessoal de lá adorou nossa idéia, fui a Matão com meu pai e lá mostrei meu time com escudo da Matonense. Ganhei camisa, espaço no site do clube e todas as minhas conquistas era divulgadas pelo clube. Me dediquei ainda mais e naquele ano cheguei as quartas de final do Brasileiro perdendo por um gol a bater faltando um minuto. Fui 5º no estadual e levantei o caneco da minha associação.
Em 1998 fui vice-campeão estadual livre, perdendo o campeonato por apenas 2 pontos, nessa competição Alexandre Dantas, foi campeão e me disse que me faltava um time melhor pois o meu era gasto, velho e não era padronizado. Ele me disse que o que faltava para ser campeão estadual e crescer ainda mais era um time melhor. Em 1999 em Natal-RN no Brasileiro, viajei 48h de ônibus, saí nas quartas novamente, dessa vez nos pênaltis mas comprei meu time por 50 reais ( inacreditável ) e retornando ao Rio me tornei pela primeira vez Campeão Estadual de forma invicta.

Em 2000 fui bi-campeão estadual, novamente invicto e pela primeira vez cheguei a um brasileiro ( SALVADOR 2000 ) acreditando de verdade que poderia passar da barreira das quartas e ganhar um troféu, mesmo que fosse de quarto lugar. Quando saí do Rio para pegar o ônibus lembro das palavras da minha mãe.. Veja se traz um troféu dessa vez e me liga para contar. Eu disse, é difícil mas vou tentar.

Foi um Brasileiro muito difícil, na verdade fiz um campeonato de altos e baixos, uma primeira fase com 1 vitoria e 2 empates, na segunda fase empatei com Victor Mecking, um grande amigo e grande jogador, e no último jogo me classifiquei graças a um gol contra quando faltava 1 minuto para o fim do jogo. Acho que aquele foi o gol do título. A bola bateu no meu botão liso que tinha acabado de entrar, prendeu e parou no meio do caminho, pois o adversário tentou cavar a bola bateu no Lizarazu nº 3 e entrou. Não acreditei estava nas quartas de final novamente e a um jogo do troféu. Weber ainda disse para mim, é o gol do título, eu respondi vc ta louco.. jogando essa bolinha que estou jogando, jamais... Nas quartas estava muito nervoso, odeio as quartas, porque se ganha o jogo vai para as finais e garante o troféu, se perde, não passeia, não aproveita e ainda é obrigado a apitar as finais. Maldita quartas... Enfrentei César-SC e no final 0x0 e penaltis. Desde minha eliminação em Natal, no ano anterior, os pênaltis passaram a ser uma obsessão para mim e treinei por um ano, se tinha uma coisa que confiava era nos pênaltis. E com o time por igual, mesma força, grau, não podia e não merecia perder, me concentrei, fiz os 4 gols ( 4 x 2 ) e lá estava na semi-final, fui lá fora no orelhão em formato de coqueiro ligar para casa e cumprir a promessa.  Mãe to entre os 4... Vou levar o troféu tá. Mais tarde te ligo para dizer qual...

Enfrentei um baiano e venci por 1 x 0, gol de Táxi ( nº 7 ) de falta direta, antes de sair do Rio, lembro de 2 conselhos, um de Alexandre que me disse, acredita e joga com calma que você tem todas as chances, e outra do Horácio, que me disse, se tiver uma falta direta bate com o Táxi, chuta no canto oposto, que ele não perde. Estava na final do Brasileiro e na modalidade livre a festa era toda carioca porque do outro lado da mesa estava Robson também do Rio, um adversário que nunca havia vencido.

A final foi muito nervosa, cada um teve apenas uma chance de gol e 0 x 0 foi inevitável, pênaltis. Comecei batendo e fiz 1x0, ele empatou 1x1 e perdi minha segunda cobrança, Robson também perdeu, fiz o terceiro, Robson perdeu novamente, os dois marcaram o quarto, 3 x 2 para mim e a última cobrança. Era só marcar e seria campeão, já havia acabado as disputas e todos estavam ali olhando. Me lembro de cada detalhe do jogo, do pênaltis, mas não sei dizer nada sobre o que se passava em volta, estava completamente focado na mesa e a última cobrança era do Dente Podre, o ídolo não podia me deixar na mão e não deixou. Bati e a bola entrou alta no meio do gol. A única coisa que gritei foi: CAMPEÃO BRASILEIRO, depois disso Weber, Pedro e Márcio Alan, companheiros de Portuguesa presentes pularam em cima de mim e foi aquela festa. Pedro desmaiou, foi atendido e fui direto no coqueiro ligar para minha casa.. Era o momento mais feliz da minha vida, queria dividir com aqueles que sempre me apoiaram e me ajudaram e o telefone lá de casa chamou e ninguém atendeu... Fiquei uma fera. rsrsrrsrs...  Só consegui falar com eles no hotel.

Em 2001 ainda ganhei o título interno, fiquei em 3º no estadual mas vi meu amigo Horacio ser Campeão pela primeira vez e fiquei tão feliz como se fosse meu título. No meio do ano, fui obrigado a parar de jogar por compromissos profissionais e foram 5 anos sem jogar.

O RETORNO

Nesse tempo, o próprio Pedro por problemas pessoais, também se afastou um pouco e quando reassumiu me chamou de volta e em 2006 voltei a jogar na Lusa, lá é minha casa, meu lugar. Naquele mesmo ano, mesmo sem esperar, conquistei o Campeonato Estadual Livre e mais um título interno da associação.

Os Brasileiros me reservaram eliminações nas quartas de final em 2006, 2007 e a maldição das quartas aparecia novamente. Em 2007 percebi que o velho time campeão brasileiro de 2000 estava velho, gasto e não dava mais para ser usado, comprei um novo time, bem parecido por sinal, e comecei a usá-lo a partir de 2008.

Em 2009 aparece uma nova competição, o Brasileiro de Clubes e seria realizado no Vasco, fomos disputar a categoria livre, a equipe era eu, Horacio, Jonas e Pedro, passamos na primeira fase pelo Combinado e  Vasco e perdemos para Riograndina, passamos em segundo e enfrentaríamos na semi-final a  ( Academia ) de Vinhas, Mateus e Augusto. No sorteio, Alenio x Vinhas, que tinha acabado de meter 6 no seu adversário, chegaram a me dizer prepara o saco. Horacio e Jonas empataram seus jogos, cabendo a decisão para minha partida. O primeiro tempo foi meio morno mas no segundo fiz um gol a bater na metade do segundo tempo pela ponta direita e coloquei a Portuguesa na frente. No entanto, após a saída, fui cavar uma bola e ao cavar a bola bateu na minha mão. 2 lances bem executados e era o empate 1x1. Faltando 1 minuto para o fim, lanço uma bola na meia lua e Vinhas cobre, peço para Silvinho ( nº 9 ) e a bater por cima do goleiro marco o segundo e coloco com esse resultado a Portuguesa na final, contra a poderosa e imbatível Rio Grandina.

Na final, enfrento Silvio, Horacio a Duda e Jonas a Alex Degani, Horacio e Jonas nem tinham saído ainda a bola e escutam Silvio comemorar, 1x0, e a Portuguesa com menos de 30 segundos já perdia a final. Na metade do primeiro tempo consigo cavar uma bola e fazer uma porquinha e Dente Podre, sempre ele empata 1x1. O jogo segue assim até o final, Jonas e Horacio empatam em 0x0 com seus adversário e a final do Brasileiro de Clubes, de novo para mim, seria nos pênaltis.

Na disputa de pênaltis, cada jogador bateria um pênalti, no treino ninguém perdeu, Alex abriu pela Riograndina mas esbarrou no seu xará, o meu goleiro, e perdeu sua cobrança, Horacio perdeu, Silvio também perdeu e Jonas, num lance muito discutido pois a bola bateu na haste que sustenta a rede pelo lado dentro, marcou 1x0 para a Portuguesa, muita discussão no lance, que a bola não teria entrado, muito nervosismo e Duda quase errou a bola na sua cobrança, Dente Podre nem precisou bater e a Portuguesa se sagra a 1ª Campeã Brasileira de Equipes.

Muita festa, muita alegria, é a realização de um sonho, ajudar a tornar meus amigos campeões brasileiros é tão emocionante, quanto ser campeão brasileiro, na Portuguesa quando um vence, todos vencem, quando um perde, todos perdem, mas naquele dia todos eram campeões. Cada treino, cada dica, cada dia, cada briga, cada reclamação, cada apoio, tudo se resume ao somos campeões. Ah!!! A mesa dos pênaltis e da final, foi comprada pela Lusa e não sai nunca mais de lá!!!

CATEGORIA LISO E UM FEITO MÁGICO

Nesse mesmo ano, 2009, Pedro me pediu que começasse a jogar o estadual de lisos, que eu jogava bem, então investimos e compramos 4 mesas para lisos e para fazer companhia ao amigo Vitor Lyra que só jogava liso e estava sozinho na competição. Já havia jogado algumas competições de liso aqui no Rio mas não tínhamos estrutura para desenvolver o jogo. Isso começou mesmo em 2009 na Portuguesa. Me tornei campeão estadual já nesse primeiro ano, sendo vice nas 3 principais competições do liso no Rio e pelo ranking final me sagrei campeão.

Joguei o Brasileiro de livre em João Pessoa, e após sair para Felipe – RS em mais uma quarta de final, essa doeu de verdade, eu disse, agora so vou jogar brasileiro de liso. Já ganhei no livre, individual, já ganhei equipes, e agora vou jogar liso.  Vai demorar uns 5 anos para eu chegar perto desses caras, Diógenes e os Baianos, os demais nordestinos, Fernando e os Capixabas, Vinhas mas vou encarar o desafio, vou começar do zero com muita humildade, mas vou me preparar. Cansei de ser eliminado nas quartas e ser presença nas finais apenas como árbitro.

Em 2010 me tornei campeão estadual livre pela quarta vez ganhando as 3 etapas da federação mas meu foco de verdade era trinar para começar no Brasileiro de lisos em Porto Alegre. Não fomos muito bem no equipes, ficando em quarto lugar e jogamos liso para ganhar experiência e para eu poder conhecer um pouco os adversários, pois uma coisa é jogar e outra é assistir aos adversários e nunca havia jogado contra nenhum deles no liso. 
   
Levei pela primeira vez minha noiva, minha irmã foi pela segunda vez e fomos a Porto Alegre com a expectativa de passear e nos divertir muito. 67 participantes, minha primeira vez nos lisos, eu pretendia passar de fase e chegar na segunda fase para mim já seria um grande resultado.

Pois, para minha surpresa, começo jogando contra Aldemar, não o conhecia e venço a partida por 3x0, quando termina o pessoal me diz o currículo do cara e diz tu já fez muita coisa. Venço os 3 jogos na primeira fase e passo com uma das melhores campanhas.

Na segunda fase, empato o primeiro jogo e venço o segundo e me classifico para a primeira fase eliminatória, com 13 pontos. De noite no hotel, perdemos uma meia hora analisando se era melhor jogar ou nem ir e passear em Gramado com as meninas, mas Horácio disse: “Gordinho, viemos aqui para jogar, eu fico com você e vamos até onde der”, e assim foi.

Enfrentei Anderson-ES na primeira  fase, jogando pelo empate e mesmo jogando mal, consegui com um gol de falta de Dente Podre, empatar e passar para as oitavas de final. Na minha cabeça só vinha uma pergunta: “O QUE ESTOU FAZENDO AQUI?” Nas quartas de final, um adversário caseiro, Marco Martins do Vasco, o melhor jogador de liso do Rio e provavelmente um futuro campeão brasileiro em pouco tempo. Venci por 2x0, e sabem onde eu estava... Na maldita das quartas-de-final. Pronto, agora era perder, e apitar até o fim e o meu adversário seria Mateus Pierobom, que joga muito botão, e pensei, pelo menos sair nas quartas aqui é diferente. Mas eu jogava pelo empate e tentei segurá-lo de todas formas, deu certo e no final do segundo tempo Drogba marcou o gol da vitória e do troféu... Quando acabou o jogo eu virei para o Horacio, que não abandonou a mesa em nenhum momento e disse:  obrigado, olha onde estou...

Acho que por ter passado pela temida quartas, entrei bem concentrado e na semi-final contra Piruka comecei bem a partida e marquei logo 1x0 num golaço de cavador ( Ballack 13 ). Segurei a vitória e estava, veja bem,  na final, do Brasileiro de liso na primeira vez e logo contra quem, contra Vinhas, um craque que buscava dentro de casa não só o seu, mas o primeiro título brasileiro dos gaúchos na modalidade, que se prepararam para fazer a festa no salão do hotel Continental. Já havia vencido Vinhas em 2009 mas de livre e com 2 gols a bater. Mas um vice-campeonato brasileiro já era show de bola.

Antes do jogo, ninguém mais ninguém menos que Guido, que me ajudou no meu primeiro brasileiro, lá no início da história, veio me dizer que se eu ganhasse faria história e só ali fui saber que poderia ser o primeiro a vencer liso e livre. Nunca pensei nem em estar ali, muito menos fazer história.

Ninguém tinha vantagem na final, empate era pênaltis, não sei se por causa da mesa ou nervosismo Vinhas não começou muito bem, e logo no início, em um 2 lances, com Anelka marquei 1x0. A verdade é que a partir da semi-final passei a jogar com concentração e tranqüilidade incrível e com a vantagem no placar, pensei. Continua do mesmo jeito. Cheguei no intervalo do jogo vencendo de 1x0 e faltando 9:48 para o fim do jogo amplio o placar para 2x0, Anelka de novo. Diferente do primeiro título, onde lembro de cada detalhe, lembro muito pouco desse jogo, só sei que a cada jogada boa ouvia o Pedro gritar boa Alenio e bater palmas de seu jeito peculiar. Sei que quando marquei 2x0 e vi o tempo de jogo eu disse para mim mesmo, faltam 9 minutos, agora que cheguei aqui, não entrega Alenio, por favor. Levei um gol faltando 3:43, 2x1. Procurei segurar a bola no campo de ataque e quando a bola saiu de lá, a primeira voz que ouvi naquela final era do amigo Horácio que me avisou 18 segundos gordinho, ainda perguntei se precisava palhetar e o juiz disse que sim, era um lance simples mas, de coração, foi a palhetada mais difícil da minha vida. Quando soltei a palheta  e vi aquela bola sair pela linha de fundo, eu era o cara mais feliz do mundo, não por ser campeão ou por fazer história como alguns dizem mas, por poder estar comemorando ao lado dos meus amigos e dividir com eles esse feito, porque cada um deles foi responsável por ele. Eu só conseguia chorar por não acreditar no que tinha feito. Ah!! Graças ao celular, liguei para casa e atenderam para me dar os parabéns!!! Fiquei ainda mais feliz !!!

Falar do futebol de mesa para mim é falar da minha vida. Através dele me formei como ser humano, aprendi a dar valor a cada coisa, tratar todos com respeito e com igualdade, ser honesto acima de tudo. Valorizo cada um dos meus títulos mas dou muito mais valor a cada amigo que conquisto.

Não posso terminar sem agradecer ao Pedro, ele diz que é meu fã mas ele é muito meu ídolo, sou com certeza o filho homem que ele não teve, Horácio não tem como dimensionar o quanto gosto dele dar um valor a essa amizade ainda assim seria pouco e não seria justo. Meu pai e minha mãe, que não mediram esforços para eu poder viajar e sempre torceram por mim.

Amigos que me apoiam e torcem como o Toninho, ele saiu do salão porque não quis ver os últimos 5 minutos da final, Bruno Falcão que perdeu a final do Junior e não tava nem aí para isso porque ele diz que venceu junto comigo e todos os amigos da Portuguesa que treinam comigo, me aturam, compram as minhas idéias e lutam pelo melhor da Portuguesa e por nosso esporte.

Grande abraço a todos.

PAULO FERNANDO - Publicado em 11 de junho de 2011




















Conheço o Paulo Fernando a mais de uma década e no Futmesa. Convivemos no GEVI, no Grêmio e agora no Geraldo Santana. Não recordo de ter conhecido alguém mais desportista que o PF, nunca vi na mesa uma única reação adversa, mesmo diante de várias adversidades. Educação, respeito pelo adversário, respeito pelo esporte é uma tradução do nome Paulo Fernando, tanto assim, que na 1ª promoção do Gothe Gol, creio que em 2003 ou 2004, foi entregue o Troféu Fair Play, onde por votação os internautas escolheram aquele jogador exemplo de desportista, e o Paulo venceu, eleito pelos próprios botonistas.

Quando entreguei o Troféu na frente de seus colegas de Grêmio, foi a primeira vez que o vi com a voz embargada e os olhos marejados. Reconhecimento justo. Mas o PF é mais do que isto, jogador de muita técnica e estilo bonito, ofensivo de jogar, dignifica o esporte dentro e fora das mesas. Confira a história de Paulo Fernando.

" Nasci no Bairro Jardim Botânico em Porto Alegre em 1960, bairro que respirava Futebol de Campo com o Araribóa e Campo da Barão, além do futebol meus amigos só queriam saber de Carrinho de Lomba ou Rolimã, botão nem pensar.

Em 1970 comprei meu primeiro time de botão, o Fluminense, panelinha branco, mas não tinha com quem jogar e acabei guardando o time. No mesmo ano mudou-se para minha rua dois irmãos cariocas fanáticos por botão trazendo times de puxador que até então não conhecia, o Cícero era Vasco e o Ricardo Botafogo e me emprestaram 12 botões que fiz o Fluminense.

Era campeonato todas as tardes, os amigos do futebol não entendiam como eu deixava de jogar futebol para jogar botão. Passado alguns meses todos os amigos estavam lá jogando o amado botão que cresceu no Bairro com a abertura do Bazar Bibelo na Protásio Alves, onde vendiam tudo para o Jogo de Botão.

Foram 10 anos maravilhosos onde a cada final de semana eram disputados campeonatos Carioca, Paulista, os mais famosos da época. Chegamos aos 20 anos, namoradas, noitadas, mudança para outro estado e o botão caiu no esquecimento, quando em 1996 visitando um cliente encontrei o Paulo Dias, papo vai, papo vem falando de futebol comentei que na minha infância gostava de jogar botão, foi quando ele falou que jogava em Viamão.

Perguntei se eram botões puxadores e ele me respondeu que isso era coisa antiga. A partir daí comprei um time dele e a antiga paixão estava de volta. Jogava-mos no sábado na garagem do Paulo Dias com o Leandro, o Di Leioni e Deco e JA.

No mesmo ano fomos jogar no GEVI onde passei a jogar com minha segunda paixão no futebol, o RIVER PLATE pois a primeira é o GRÊMIO onde para minha felicidade em meados de 2000 passamos a jogar.

Hoje jogo no Geraldo Santana com companheiros  que conheci lá em 1996 e outros mais recentes, grandes amigos, gostaria de poder participar de campeonatos fora de Porto Alegre mas por motivo de trabalho não posso conviver com esse ambiente maravilhos que é o Fetebol de Mesa.

Para mim Futebol de Mesa é uma terapia, tenho prazer em jogar, se ganhar melhor, mas se perder tudo bem, pois quando perco em 99% das vezes o adversário mereceu. Como leram minha história no FM não é rica mas a considero fundamental  para minha vida, construí amizades, só issso já valeu a pena ".

VINICIUS AUCH - Publicado em 21 de maio de 2011




















Anunciamos durante a semana que hoje era dia de completar uma página eletrônica aqui no GOTHE CROMO GOL, mas uma nova idéia foi lançada por um internauta (via email), e vai fazer com que a página de Santa Vitória do Palmar só seja completada um pouco mais para a frente. Boas idéias merecem muita atenção, e aqui o Blog é feito por todos, e não só pelos planos do Editor.

Mas de qualquer forma o que se completa neste sábado, é o quarteto Campeão Estadual de Equipes de liso deste ano, assim depois de Robson Bauer, Guido Stein e Umberto, hoje vamos conhecer a história de Vinicius Auch, que a galera andou brincando de chamar de Celso Roth, por motívios óbvios, e não pela forma como o seu time se comporta nas mesas.

Até o LANCE DE DOMINGO ! Vem com novidades sobre o outro Estadual, o de Equipes cavado no início de junho, já que o Web Leitor já respira a competição no Gothe Gol como sempre, com informações, ENQUETE, etc, o que enfim acabou estabelecendo a pauta, no que se pode observar numa rápida navegada pelos links de nossas DICAS. Agora, curta a história de Vinicius Auch.

" Primeiramente, gostaria de agradecer ao Gothe pelo convite e parabenizá-lo, junto aos seus colunistas, por seu blog, o qual procuro ler diariamente, em especial esta parte do cromo, onde estão várias das grandes figuras e campeões do futebol de mesa com suas respectivas histórias. A todos vocês, meu muito obrigado....

Vamos lá, tentar contar um pouco desta história.

Quem sou

Chamo-me Vinicius Antonini Auch, sou natural de Pelotas – RS, com raízes muito fortes ligadas a Santa Vitória do Palmar-RS, pois toda a família do meu pai é natural de lá; cidade a qual procuro passar todo o tempo possível nos meus momentos de folga. Santa Vitória do Palmar é uma cidade do interior muito pacata e agradável de viver, possui aproximadamente 31.000 habitantes. Como atrativos possui a uns 20Km de distância a Praia do Hermenegildo, a maior praia do mundo em extensão territorial, e, mais adiante, a uns 40km de distância, está o Chuí, cidade fronteira com o Uruguai, excelente lugar para se fazer compras. Santa Vitória do Palmar é uma ótima cidade para se viver com tranqüilidade, de acordo com a realidade de uma cidade do interior gaúcho.

Descoberta e História no Futebol de Mesa

Por volta dos meus 6 a 8 anos de idade, ainda como uma simples brincadeira de criança com meu PAI, descobri  o futebol de mesa com os botões panelinhas, pequenas bolachas plásticas em formato de rampa que tinham o escudo de qualquer time colado na parte superior, comprado facilmente em qualquer loja de brinquedos da época. Praticávamos em um campo pequeno na cor verde, feito do material Eucatex com laterais de proteção em madeira (vulgo “Xalinguinho ou Estrelão”, como era chamado aqui na região), jogávamos ajoelhados no chão da sala de casa ou sobre a mesa da cozinha, por inúmeras horas quando possível.

Por volta dos 8 a 9 anos de idade descobri  os botões puxadores, já construídos em acrílico com várias cores e alturas, os quais representavam uma grande evolução na época. Todos os meus amigos de condomínio passaram a jogar junto comigo, assim protagonizando vários torneios nos corredores do prédio e condomínio, com direito a torcida nas escadas.

Neste mesmo ano de 1989, Jader Morales, do Circulo Operário Pelotense, professor da mesma escola em que meu PAI lecionava, convida meu PAI para jogar o campeonato oficial do COP. Como conseqüência, passei a acompanhá-lo por lá aos sábados e conheci o futebol de mesa oficial, com botões lindos, torneados, embutidos etc... Logo em seguida, é claro, meu maior desejo já era ter um time com botões deste nível, mas apenas escutava que não tinha tamanho nem idade para isto ainda. Como todo bom brasileiro, não desisti, segui acompanhando meu pai quase que todos os sábados para olhar os seus jogos e os jogos dos outros botonistas.

No verão de 1991, depois de muito pentelhar meu PAI e meu TIO, durante um jogo  treino na garagem da casa do meu TIO, em Santa Vitória do Palmar, ganhei de meu TIO 5 botões brancos atacantes de um time que ele já não jogava mais para que eu ficasse brincando e parasse de atrapalhar. Prontamente parei e fiquei a espera do término do jogo treino deles, após o jogo imediatamente já peguei meus 5 botões e fui brincar de chutar a gol, e não é que dos 5 primeiros chutes acertei os 5, até hoje me lembro a cara deles abobados, “o guri está chutando melhor que nós”.

Desde então passei a acompanhar meu PAI e brincar no COP com estes 5 atacantes. Para minha surpresa em meu aniversário, novembro de 1992, o presente dado por meu TIO foi o complemento deste time branco, desde então passei a treinar e jogar no COP com este time. Em seguida, recebi a notícia que estaria liberado para jogar o torneio interno na 4ª divisão do COP, após completar meus 13 anos. Neste mesmo ano, conheci o Guido Garcia e toda turma de Santa Vitória do Palmar, colegas de associação e treinos do meu TIO na cidade.

Até meus 16 anos oscilei muito entre a 2ª e 3ª divisão, não conseguindo me firmar. No Brasileiro em Pelotas de 1996, conheci a modalidade liso, cuja qual, até o presente momento, nunca tinha escutado falar. Foi quando, então, Jader Morales me chamou na sala da organização e me convidou a jogar com seu time para completar o quadro de participantes, mesmo sabendo que seria um verdadeiro fiasco, como todo pirralho fominha por jogar botão, aceitei para brincar e aprender.

E realmente foi um fiasco, mas posso afirmar que também aprendi muito, pois no decorrer da temporada consegui me firmar na 2ª divisão do COP e, no ano seguinte, consegui chegar à 1ª divisão e me manter por lá. Passei a fazer jogos melhores e aprender mais ainda com meus companheiros de associação, viajando e disputando campeonatos estaduais e adquirindo a experiência que não tinha.

Nestas viagens e torneios jogados aprendi muito sobre o futebol de mesa, passei a fazer amigos no meio e conheci grandes campeões, muitos deles minhas grandes referências que mais adiante irei comentar.

Por volta do ano de 2003, me vi obrigado a parar com o futebol de mesa, por não ter mais vontade nem alegria em jogar. Tudo isso devido a vários fatores, sendo o principal, a falta de respeito entre companheiros de associação: “ O que uma pessoa é capaz de fazer para ganhar? ”. Até hoje não compreendo perfeitamente o que as pessoas são capazes de fazer para ganhar, mas sei que EU sou apenas capaz de jogar com alegria e respeito ao adversário, isso já me basta... A vitória, quando merecida, é apenas conseqüência, fruto que se colhe, neste caso de um simples JOGO DE BOTÃO.

             Em 2009, na praia do HERMENEGILDO, recebi o convite do UMBERTO para voltar a jogar com o principal objetivo, brincar de jogar botão. Prontamente aceitei, sem imaginar o quanto aprenderia com esta equipe. Meu espírito e alegria em jogar foram resgatados por esta turma de amigos, a qual tenho grande orgulho de fazer parte hoje, e, se Deus quiser, para sempre. O orgulho de jogar e ser amigo de ROBSON, GUIDO e UMBERTO é algo imensurável para mim, pois sempre foi um sonho de criança jogar ao lado destas lendas, grandes referências dentro do futebol de mesa nacional.

Em maio de 2009 fui convidado a participar do primeiro campeonato representando Santa Vitória do Palmar, era o torneio de aniversário da APFM em Pelotas – RS. Jogamos EU, UMBERTO e ROBSON e pela primeira vez senti o peso e a alegria de vestir esta camiseta. Fui jogando, pegando ritmo, com sorte fui passando de fase, jogo a jogo me sentindo mais animado, com mais ritmo de jogo e, quando vi, estava na final... E contra quem? Meu amigo e companheiro de associação, ROBSON. Perdi a final para ele, mas a alegria de voltar a jogar estava evidente dentro de mim, mesmo com a derrota.

 OBRIGADO UMBERTO por acreditar em mim e me colocar nesta brilhante equipe.

Neste mesmo campeonato fui convidado pelo presidente da APFM, na época Marcos “Piruka”, a participar do campeonato interno da associação para me manter treinado e fazer número no campeonato deles. Prontamente aceitei, pois sou morador da cidade de Pelotas e seria a melhor forma de seguir jogando regularmente, já que na época ainda estávamos remontando a associação e nem filiados à Federação Gaucha estávamos ainda. Disputávamos apenas campeonatos comunitários, mas para mim foi muito marcante este um ano e meio que estive jogando amistosamente na APFM, uma vez que tive o prazer de rever alguns bons e velhos amigos, e muito mais, fazer novos amigos que hoje ainda preservo com muito carinho.

Hoje posso afirmar para vocês, jogar por Santa Vitória do Palmar realmente é diferente de tudo que já tinha visto e participado antes. Existe uma explicação para isto? Eu não tenho, apenas é um sonho que realizo a cada dia que passo ao lado destes amigos.

Modalidade Liso

Como relatei anteriormente, conheci esta modalidade em 1996 no Campeonato Brasileiro realizado em Pelotas – RS, modalidade esta que me ajudou em muito no crescimento dos fundamentos. Neste campeonato tive uma participação terrível, pois nunca tinha acompanhado um jogo se quer, porém mesmo assim meu PAI, convidado a completar o quadro dos veteranos, conseguiu ser vice-campeão na categoria sênior, sem nunca se quer ter visto ou jogado uma partida de liso assim como eu. Para ambos, isto serviu para tomarmos gosto pela coisa. Compramos um time de liso, mas por falta de incentivo, ficou no esquecimento.

Quando em 2009 recebi o convite do Umberto para voltar a jogar por Santa Vitória do Palmar, nunca imaginei que voltaria a jogar liso, para mim uma modalidade esquecida aqui no RS, apenas muito praticada nos estados lá de cima. Quando menos espero vejo meu companheiro Robson delirando de alegria e muito empolgado com a idéia de passar a jogar somente na categoria liso, que era um jogo completamente diferente, outro jogo, um jogo que dependeria da técnica e onde, geralmente, só a melhor técnica venceria. 

No embalo e acreditando na sua palavra, também para completar a equipe, mandei fazer um novo time de liso e fui acompanhar a turma. Realmente, hoje acredito que talvez ele tenha mesmo razão, é um jogo lindo e exige muito mais fundamentos dos técnicos, mas, ainda assim, posso dizer que sou um amante das duas modalidades, um amante do futebol de mesa em geral.

No futuro não sei, mas hoje ainda tenho prazer em praticar as duas modalidades.

Ídolos

- Meu principal ídolo até hoje é meu Pai, Virginio Auch, meu amigo, companheiro, treinador, crítico e o principal, preparador físico do meu time, com aquela polida, aquela lixadinha, sempre feitas por ele quando algo não esta legal... E todos nós sabemos o quanto isto é fundamental para se ter um bom desempenho seja na competição que for. A ele o meu muito obrigado por tudo que fala e faz por mim sempre....

- Meu tio, Bismarck Auch, a pessoa que praticamente me iniciou, junto com meu pai, no futebol de mesa, me deu o primeiro time oficial, etc...

- Guido e Robson, os quais conheci quando eu ainda era pirralho e não tinha idéia do que seria jogar botão. Com o passar dos anos descobri o que era esta dupla, para mim os maiores jogadores até hoje vistos dentro do futebol de mesa, jogadores quase que completos, tanto no ataque como na defesa, algo lindo de se olhar.

- Nilson e Nilmar, a dupla quase imbatível dentro do COP. Não sei quantos anos consecutivos fazendo a final do campeonato interno, aprendi muito com vocês dois.

Titulos

Quem não gostaria de ser um grande campeão?

Eu adoraria ser, mas não tenho isto como uma meta pessoal. Não me considero um grande botonista, muito menos um grande campeão, não tenho inúmeros títulos e não sinto falta de conquistá-los. Minhas maiores conquistas foram fora da mesa, grandes amigos que fiz e ainda faço com o passar dos anos e campeonatos, estes sim os maiores títulos que tenho, no meu ponto de vista.

O prazer de jogar ao lado de Robson, Guido, Umberto e Marquinho, hoje, para mim, é maior que qualquer título que eu possa conquistar, assim como no passado o prazer que tive de jogar ao lado de Nilmar, Nilson e Fernando Tillman.

A estas duas equipes de amigos o meu muito obrigado, vocês foram alguns dos títulos que conquistei dentro do futebol de mesa...

Amigos

Eu gostaria de citar alguns, mas seria difícil não esquecer de alguém  e cometer uma injustiça. Então, a vocês meus amigos, “todos fazem parte desta história e sem vocês nada disto teria acontecido”.

Muito obrigado pelo apoio e respeito de sempre, até o próximo campeonato...

Abraço !!! "